Resenha do livro O Tatuador de Auschwitz – Heather Morris

 

Imagem: Reprodução.

O livro traz a trajetória real do protagonista Lale, que morava na Eslováquia com sua família até que o governo nazista dos anos 40 ordenou que cada família judia mandasse um homem para trabalhar para eles, mas até então essas pessoas não sabiam o que as aguardava.

Já no trem, Lale observou que o transporte era feito de forma desumana, com vários homens apertados no vagão, sem espaço para dormir, sem tomar banho e sem lugar para fazerem suas necessidades.

Ao chegarem em Auschwitz, os homens foram recebidos por guardas com fuzis e cães ferozes, sendo descoberto que eles seriam prisioneiros. Cada um foi tatuado com um número em seu braço.

As condições de trabalho forçado eram precárias, não havia acomodações confortáveis, a comida era escassa e uma palavra errada significava a morte em Auschwitz.

Campo de Auschwitz. Escrito no arco de entrada,
em alemão: O trabalho te liberta. Imagem: Reprodução.

Lale se mostrou muito observador e essa característica foi o que lhe permitiu conseguir informações sobre o que estava acontecendo naquele campo de concentração.

Conforme o tempo passou, o protagonista consegui passar de trabalhador que consertava os telhados para tatuador, título que no livro é Tätowierer. A partir de agora, Lale iria tatuar o número de série de cada prisioneiro que chegasse.

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Durante seu trabalho, conheceu uma moça que lhe chamou atenção e pediu que seu superior, Baretski, entregasse um bilhete a ela. Descobriu que se chamava Gita e, então, começavam a conversar disfarçadamente nos intervalos.

Em dado momento, Lale descobriu que as mulheres que trabalhavam organizando as roupas dos prisioneiros encontravam muitas joias e dinheiro. Assim, o jovem começou a pedir que elas o entregassem esses bens para que pudesse trocar por comida contrabandeada com outros soldados, distribuindo-as entre os prisioneiros.

É com essas joias também que Lale consegue remédio para Gita quando ela fica doente e também as troca por chocolate, para subornar a supervisora de Gita, conseguindo, assim, mais tempo com ela, que passou de amiga a namorada.

Foto de Lale e Gita. Imagem: Reprodução.

O protagonista ficou bastante próximo do grupo de ciganos, dividindo comida, estórias e apoio mútuo. Infelizmente, os superiores nazistas mandaram todos os ciganos do seu prédio para o crematório. Durante seu trabalho, ele viu as cinzas de seus amigos caindo do céu.

Alguém entregou o contrabando que Lale fazia aos nazistas, sendo ele levado a outro prédio para ser torturado para entregar quem lhe fornecia a comida e as joias. Ele descobriu que seu torturador era um dos prisioneiros que ajudara anteriormente.

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Seu algoz prometeu ajudá-lo como pudesse para não entregar seus amigos, ainda que Lale tenha ficado com bastantes sequelas no corpo. Ele pediu que um superior, Baretski, dissesse a Cilka, uma das amigas de Gita, que ele estava ali e ela saberia o que fazer.

Cilka ara uma das poucas mulheres em Auschwitz que não tinha sua cabeça raspada. Isso porque um dos encarregados nazistas gostou dela e mantinha-a perto para praticar abusos.

Foto de Cilka. Imagem: Reprodução.

Cilka tentou influenciar seu abusador a lhe fazer um favor, poupando a vida de Lale. Assim, o jovem pôde voltar a seu ofício de tatuador.

Em determinado dia, os oficiais nazistas apresentam comportamento estranho e Lale descobre que já não seria mais o Tatuador de Auschwitz, uma vez que estavam esvaziando os campos, pois os russos estavam chegando.

Na confusão da saída, Lale e Gita se separam, cada um tentando sobreviver como pode. Lale acaba trabalhando um tempo com os russos, conseguindo fugir quando tem a oportunidade.

Ele volta para sua terra natal, onde encontra sua irmã, que lhe informa em qual cidade os saídos de Auschwitz estão desembarcando. Lale vai direto para lá e encontra Gita, pedindo-a em casamento.

O casal se estabelece na Bratislava, trabalhando com tecidos, mas clandestinamente financiavam um movimento para estabelecer um estado judeu em Israel.

Foram descobertos pelo governo, tendo sua empresa estatizada, mas com a ajuda de contatos, fugiram para a Áustria, passaram por Paris e depois foram para a Austrália, abrindo novamente outra empresa no ramo têxtil. Anos depois, tiveram um filho, chamado Gary.

Por fim, este livro contou um relato real sobre os horrores que aconteceram na época da Segunda Guerra Mundial, trazendo um relato de resistência e de esperança de um jovem casal que conseguiu sobreviver a uma das maiores tragédias da humanidade.

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